sexta-feira, 30 de março de 2012

[Resenha] Fallen - Lauren Kate

Nome: Fallen 
Autora: Lauren Kate
Editora: Galera Record
Nº de páginas: 406
Sinopse: Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no reformatório. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso – que provocou a morte de seu namorado – levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder- uma verdade que poderia matá-la. Algo que, em suas vidas passadas, Daniel não conseguiu evitar. "Sexy, sublime e assustador..." 

Sou suspeita para resenhar sobre o livro, já que, além de brilhante, o tenho autografado pela própria autora. Ano passado tive a oportunidade de conhecê-la na XV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. A Lauren é uma fofa, simpática e muito atenciosa com os fãs durante a palestra e sessão de autógrafos. Mas prometo tentar ser justa (rsrsrs).

"Fallen" é o primeiro livro da série e, para ser sincera, este não é o tipo de livro que costuma agradar a todos.  Histórias de amor são comuns, mas não como essa. Costumo dizer que é diferente de tudo o que já li. Luce é uma adolescente nem tão comum assim, por isso, é obrigada a estudar em um internato para adolescentes problemáticos. Desde pequena, Luce é atormentada por sombras que a perseguem e após a sua participação em um misterioso incêndio que matou o seu namorado, a jovem tem que passar o seu último ano de colégio na  Sword & Cross, um reformatório sombrio, com pessoas estranhas, de personalidades duvidosas. De cara, no seu primeiro dia de aula, Luce sente uma grande atração por Daniel Grigori, o qual sempre que por perto, despertava em Luce uma sensação de que já o conhecia de algum lugar, porém o rapaz faz questão de demonstrar antipatia em relação a menina, tentando afastá-la o máximo possível. Foi a situação perfeita para o irresistível Cam se aproximar de Luce que, apesar de um pouco hesitante no começo, acabou cedendo a suas investidas e ficando meio dividida entre os dois, mas nunca se desligando completamente de Daniel ou deixando de sentir que o seu mundo pertencia a ele. 

Devo confessar: a princípio a narrativa do livro foi um pouco prolixa. A história em si era empolgante, porém a narrativa se tornou um tanto repetitiva, mas penso que essa foi uma forma de não entregar os principais pontos da história logo no começo. Por um lado gostei disso, porque acabei ficando curiosa para descobrir do que se tratavam as sombras, o motivo para Daniel manter Luce afastada e outros enigmas lançados durante o enredo. 

Sem dúvidas, o que mais me prendeu ao livro, no começo, foi o Cam. Ele é apaixonante, apesar de não ser o tipo de cara completamente confiável e certinho. Cam é o típico carinha "bom demais para ser verdade", e logo de início ele levanta um ar duvidoso no leitor, mas desde já, deixo uma dica: é difícil não se apaixonar por ele. Além de Cam, o livro é composto de personagens bastante interessantes que me fizeram ficar o tempo todo atenta para saber até onde iria o envolvimento de cada um com o grande segredo do livro. Parece que você fica tentando pescar em cada diálogo, em casa descrição uma dica do que se trata. Isso tornou o livro indiscutivelmente instigante. Por isso, tentei ser muito minuciosa para não entregar nada de importante da história aqui nesta resenha, pois o final vale muito à pena!

O livro terá adaptação no cinema pelos estúdios da Disney. Segundo a própria autora, Ed Westwick de Gossip Girl é cotadíssimo para o elenco. Que chato isso, né, meninas?! (rsrsrs) Devo confessar que fico um pouco desconfortável com adaptações de livros para filmes, porque a decepção é grande quando não há muita fidelidade à história como ela realmente é, mas vamos torcer para que saia algo realmente bom e digno do livro.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Resenha: "Lonely Hearts Club" - Porque ninguém precisa de um namorado para ser feliz - Elizabeth Eulberg

Título: Lonely Hearts Club 
Autora: Elizabeth Eulberg
Editora: Intrínseca
Nº de páginas: 233
Sinopse: Penny Lane Bloom cansou de tentar, cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto, claro, os únicos quatro caras que nunca decepcionam uma garota — John, Paul, George e Ringo. E foi justamente nos Beatles que ela encontrou uma resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do Lonely Hearts Club — o lugar certo para uma mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. Lá, ela sempre estará em primeiro lugar, e eles não são nem um pouco bem-vindos. O clube, é claro, vira o centro das atenções na escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre, para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí. Agora, todas querem fazer parte do Lonely Hearts Club, e Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será, realmente, que nenhum carinha vale a pena? “Leitura imperdível para qualquer pessoa que já esteve apaixonada... ou que jurou nunca mais fazer isso de novo.”

Três coisas deste livro me chamaram a atenção: o nome, a capa  e a sinopse. E eu nem preciso dizer que isso tem algo a ver com os Beatles. A foto é inspirada na famosa capa do 12º álbum da banda, o "Abbey Road". Então, caro leitor, se você é fã dos Beatles, com certeza se tornará fã deste livro. Para ser sincera, gostar da banda não chega a ser uma condição para gostar da história. O fato é que o livro é cheio de referências aos Beatles: o nome da personagem principal é Penny Lane, em homenagem a uma famosa canção da banda; entre as páginas têm vários trechos de músicas; Penny possui dois pais Beatlemaníacos e duas irmãs que também levam  o nome de canções. Além desses citados, em muitos outros pontos da história, aparecem diversas referências à banda e seus integrantes. Esse não é o tipo de livro que deixa qualquer pessoa embasbacada, esse não é um livro "cult", não tem suspense, mistérios ou qualquer uma dessas peculiaridades. Pelo contrário, a história é um pouco "mamão-com-açucar" e destaca-se por uma leitura leve, divertida e gostosa. É tipo de livro que você vai lendo, vai lendo, lendo e, sem perceber, se prendendo aos detalhes que o tornam viciante.
Qual a garota que nunca sofreu uma decepção amorosa e jurou não se apaixonar por um bom tempo? Qual a garota que nunca viu uma amiga mudar ou se afastar por causa de um namorado? Acho difícil que alguém, ao ler essas perguntas, diga: "eu nunca passei por isso". Com Penny Lane Bloom foi exatamente assim: ela teve uma grande decepção amorosa, ao descobrir que o garoto por quem era apaixonada não era bem o que pensou que fosse. Diante dessa situação, Penny decide fundar o "Lonely Hearts Club" (Clube dos Corações Solitários - em homenagem ao álbum "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles). Em pouco tempo o Clube torna-se um grande sucesso, conquistando várias filiadas e sendo alvo de muita polêmica. Querem saber a principal regra? Namoros estão proibidos. Porém, no decorrer da história, as integrantes se deparam com situações que contrariam a implicação da regra, como uma possível paixão correspondida.
O livro retrata o universo adolescente, o conflito entre amizade e namoro, as decepções e a importância da amizade. Durante o enredo percebe-se o amadurecimento de várias personagens, que acabam descobrindo que para ser divertir, homens são dispensáveis e, sobretudo, a importância da união entre as amigas, em qualquer momento. A história é repleta de momentos divertidos: karaokê, reunião de amigas regadas à filmes e pizza e festinhas típicas do High School. Além do toque charmoso proporcionado pelas diversas referências aos Beatles, o que fez eu me apaixonar pelo livro, sem dúvidas, foi a identificação em várias situações. Li em dois dias e com certeza recomendo para quem estiver afim de uma leitura descontraída, que fuja do sobrenatural, fictício e misterioso.

quarta-feira, 28 de março de 2012

"A menina que roubava livros"

Pensei consideravelmente sobre qual livro merecia a estreia do blog. Então, decidi começar pelo óbvio: um livro que me marcou.

"Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler". Uma frase arrepiante e ao mesmo tempo intrigante. Nunca pensei que a morte pudesse ser tão leve, mas em 478 páginas, Markus Zusak a fez leve, serena e agradável. Confesso que o livro é um pouco cansativo, porém a linguagem é fácil e acessível. Ao narrar genuinamente a história abordando a natureza humana de um ponto de vista até então nunca revelado, a Morte faz desse livro algo sensível e encantador. A Morte encontrara Liesel Meminger em três ocasiões: na morte de seu irmão mais novo, um pouco antes de ser adotada; na morte de um piloto aéreo; e na morte de seus pais adotivos, quando a rua em que morava havia sido bombardeada.

Toda história se desenrola na Alemanha Nazista. Após o episódio da morte do irmão, Liesel é adotada e vai morar na rua Himmel, em uma cidade próxima a Munique. Lá descobriu que tinha uma mãe adotiva mal educada, rude e rabugenta, que me assustou um pouco no começo, porém depois me fez perceber que não era uma má pessoa. Inclusive, a própria Liesel, com o passar do tempo, percebeu que a mãe adotiva a amava, apesar do seu jeito embrutecido. Em compensação, Liesel tinha um pai adotivo que não economizava carinho e atenção com a menina. Hans ensinava a filha a ler e escrever, contava histórias e tocava seu arcodeão durante as madrugadas em que Liesel tinha pesadelos com o irmão morto. Em sua nova vida, a pequena garota de nove anos conhece Rudy, que se torna o seu melhor amigo e possível amor, ainda que não assuma isso (rsrs). Outro personagem fundamental é Max, um judeu escondido no porão da família, o qual Liesel cria uma amizade muito forte e um afeto estimável! Porém, tudo se complica quando os nazistas descobrem que o judeu está escondido lá. Na minha opinião, Max, junto a Liesel, protagoniza a cena mais marcante do livro. 

Ao chegar à rua Himmel, Liesel já trazia na mala o seu primeiro livro roubado: "O Manual do Coveiro". Em uma Alemanha assombrada pela Guerra e pelo Holocausto, a pequena roubadora de livros encontrou nesse ato  uma ocupação e, sobretudo, um sentido para sua vida. Para Liesel, as palavras eram muito além do que estava no papel, elas eram a sua vida, eram o que a faziam se sentir viva. A sede de conhecimento trouxe a menina uma paixão, um propósito, um refúgio. E é através dessa paixão que o livro expressa uma sensibilidade inigualável, capaz de amolecer o coração de qualquer um. Fui do zero à oitenta durante a leitura. Ri, fiquei triste, me emocionei pelos dois motivos, fiquei magoada, ansiosa, mexida, uma mistura de sensações que só quem já leu pode entender. Achei incrível a construção da história através do poder que as palavras têm de, quando tudo parecer perdido, trazer felicidade e encantamento às pessoas.

UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA:
Os seres humanos me assombram.

Livro: A menina que roubava livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca